Compromisso

Escrever é a nossa maneira de estar convosco, enviando missivas para vencer a distância que se interpõe entre os dois planos onde habitamos provisoriamente. Irmão, estou contigo. Irmãos, estamos convosco. Irmãos, Jesus esteja conosco nesse gesto de amor e fé.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Bagagens inúteis

− Que fazer quando meu coração magoado não consegue assimilar sentimentos elevados?

Mágoas, apreensão, insatisfação, caracterizam-se como pesos inúteis que insistes em carregar, apesar de sua inutilidade em viagem.

Tal como quem dispensa supérfluos para abrir espaço na bagagem, abre tua alma ao que realmente interessa, livrando-te dessas emoções destrutivas que te retardam a marcha.

Irmão Jardim

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Somos diferentes porque evoluímos

– Por que somos tão diferentes? Não seria mais fácil conviver se todos pensássemos parecido e tivéssemos as mesmas tendências?
A individualidade é fruto da evolução. Se observarmos os rebanhos, bandos, colônias e cardumes das variadas espécies do reino animal, veremos que, nas espécies mais primitivas, os indivíduos são quase idênticos e pouco diferem em seus modos e comportamentos. Nas espécies mais desenvolvidas, tais como os cães, felinos e equinos, já se percebem nítidas diferenças de humores, hábitos e preferências. Entre os humanos essas distinções se acentuam, posto que enriquecidas de conteúdos sócio-culturais e psicológico.
Pretender uma sociedade sem diferenças, portanto, seria equivalente a preconizar a volta aos ambientes primitivos das colônias de insetos, ou grandes rebanhos de bisões, ou cardumes de sardinhas. Tornar-se diferenciado, ter algo em si que o distingue e individualiza, é uma conquista do Ser em sua jornada evolutiva.
As diferenças, por sua vez, geram conflitos e divergências. Mas não é preferível viver numa sociedade com espaço para divergências, do que submeter-se a um regime totalitário, em que uma opinião dominante seja imposta a todos? Esses conflitos de opinião representam um desafio para a humanidade. Aprender a lidar com as diferenças e conviver com os diferentes, esse é o grande aprendizado que bate às portas da civilização.
Mas esse aprendizado, assim como a lenta individuação, é processo pessoal, a ser desenvolvido na intimidade do Ser. Aceitar que o outro seja diferente e reconhecer nele um igual, acima e além das diferenças, é processo de lenta maturação individual. Quando aprendermos essa lição, estaremos aptos a perceber e desfrutar a imensa riqueza da diversidade.

Irmão Jardim